O perigo está no Round 6: a série sul-coreana sangrenta e polêmica que é febre entre os jovens adolescentes.

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A série Squid Game (que recebeu no Brasil o título de Round 6) é uma produção sul-coreana cujo especialistas e comentaristas do meio cinematográfico já dão como certo a quebra de recordes como a série original mais assistida da plataforma de streaming NETFLIX. Com o sucesso, a série permitiu trazer para o ocidente mais reconhecimento do público sobre os Doramas (drama sul-coreano também conhecido como K-drama) que, até então, fazia parte de um nicho específico de público-alvo.

Série original da plataforma Netflix recebeu o nome Round 6 no Brasil

A série, entretanto, acabou gerando polêmicas e medo entre psicólogos e estudiosos na educação infantil. Se já não bastassem os inúmeros jogos violentos de gemes com classificação etária de 18 anos, filmes, novelas, séries e outras mídias audiovisuais que (segundo dizem psicólogos e profissionais na área de psicologia e psiquiatria) influenciam centenas de jovens a cometerem atos violentos como desafios mortais suicidas e a prática de homicídios coletivos em salas de aula, agora foi lançada no dia 17 de setembro de 2021 na NETFLIX a série round 6 com classificação indicativa de 16 anos.

Série possui classificação indicativa de 16 anos. Foto: Netflix.com

A série está batendo recordes de audiência em todas as redes sociais. O conteúdo da série contém, de acordo com sua classificação indicativa: violência explicita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, cena de sexo, pederastia e palavras de baixo calão. Apesar de ser voltada para o público jovem/adulto, com todo esse conteúdo, a série tem sido assunto comentadíssimo entre as crianças. A série que utiliza brincadeiras simples de crianças como Batatinha frita 123, cabo de guerra, bolas de gude, entre outras para assassinar pessoas a sangue frio aqueles que não atingem o objetivo final é atrativo para esse público de crianças e jovens adolescentes.

PALAVRAS DO CRIADOR SOBRE O TEMA

O criador do programa sul-coreana, Hwang Dong-hyuk, pede que os pais sejam prudentes e protejam seus filhos desse tip de conteúdo. Em entrevista ao jornal O Globo, Hwang Don-hyuk comentou: “Não estou em nenhuma rede social, então nem pensei na possibilidade de crianças assistirem por essas mídias. Essa obra não é para elas. Estou perplexo que crianças estejam vendo. Espero que os pais e os professores ao redor do mundo sejam prudentes para que elas não sejam expostas a esse tipo de conteúdo”. E complementou: “Mas, se já viram, espero que os adultos as ajudem a entender o significado do que está por trás da tela. Torço para que haja boas conversas”. 

O cineasta Hwang Dong-hyuk no set, dirigindo o elendo de diretor de “Round 6” Foto: Divulgação

FONTE: oglobo.globo.com

Então fica o alerta para os pais não deixarem suas crianças ter acesso a esse tipo de conteúdo evitando, assim, possíveis problemas psicológicos futuros. Vale lembrar que a série retrata toda a desigualdade social vivida atualmente, levando a falência milhões de famílias e dando a possibilidade errônea para pessoas de escolher a maneira mais fácil de equilibrar a situação financeira como tráfico de entorpecentes, tráfico de órgãos, assaltos, subornos, corrupção e tantas outras atividades ilícitas.

Professores, assistentes sociais e especialistas no comportamento do ensino infantil já se manifestaram e estão alertando aos pais para o risco de desequilíbrio psicológico entre essas crianças que tem acesso a esse tipo de conteúdo. Logo fica sob inteira responsabilidade de pais e responsáveis para que mantenham crianças longe desse tipo de mídia para maiores.

A IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA EM MÍDIAS AUDIOVISUAIS

Não é a primeira vez que uma mídia audiovisual gera polêmicas decorridas de seu conteúdo, apresentando violência gráfica explícita, palavras de baixo calão, sexo explícito e outros conteúdos adultos. Produtos que abordam temas pesados e geram sucesso entre grande parte do público são, periodicamente, alvos de críticas e reclamações por parte da grande mídia. O último grande ocorrido foi com o jogo de vídeo game GTA V, lançado em 2013 com classificação etária de 18 anos, porém se via muitos jovens adolecentes tendo acesso ao conteúdo conhecido por conter temas adultos.

Não seria diferente com uma série de grande sucesso como Round 6. Contudo é importante frisar que toda mídia no Brasil -assim como em outros países- recebem uma classificação etária, que deixa explícito a que público-alvo o produto é direcionado e a aprovação para o lançamento depende inteiramente desse processo de identificação.

No Brasil, o Sistema de Classificação Indicativa Brasileiro é responsável por classificar toda obra audiovisual para divulgação e vendas no país. São classificados produtos para televisão, mercado de cinema e vídeo, jogos eletrônicos, aplicativos e jogos de interpretação (RPG).

Sistema de Classificação Indicativa Brasileiro. Essa informação geralmente fica exposta e visível nos cantos inferiores de produtos audiovisuais e também em suas respectivas sessões nas plataformas de Streaming.

Países como Estados Unidos e Japão também possuem um sistema de classificação etária para determinados produtos advindos de seus territórios. Em caso de filmes e séries, os EUA possuem a classificação feita pela Motion Pictures Association of America (traduz-se como Associação de Cinema da América). Em caso de jogos de videogame, a classificação no país é feita pela ESRB (Entertainment Sofware Rating Board) -Quadro de Classificação de Sofware e Entretenimento, em uma tradução literal.

Classificação Indicativa dos EUA para filmes e séries

CONCLUSÃO

Observando o grande alcance que a série Round 6 conseguiu desde de sua estreia, vale ressaltar a importância de que ambos pais e responsáveis fiquem atentos nas classificações indicativas para que esse tipo de conteúdo não seja acessado por crianças.

Então está aí. O blog mais uma vez colaborando e divulgando um tema de questionamento social infantil.

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