Ex-juiz que renunciou sua candidatura à Prefeitura de São Luís lembrou de nomes como Milson Coutinho, Itamar Corrêa Lima, José Antônio Almeida e Silva, Raimundo Marques, Caldas Góis, Carlos Nina, Kleber Moreira e Pedro Leonel Pinto de Carvalho.
SÃO LUÍS: O ex-juiz federal responsável pela sentença de desintrusão da Terra Indígena Awá-Guajá, no Maranhão, mudou de lado. José Carlos do Vale Madeira agora é advogado.
A informação foi divulgada em um artigo publicado nas redes sociais do mais novo causídico. De acordo com a publicação, ao anunciar seu retorno à trincheira da advocacia, Madeira destacou advogados que fizeram história no Maranhão.
O ex-juiz que renunciou sua candidatura à prefeitura de São Luís no pleito deste ano lembrou de nomes como Milson Coutinho, Itamar Corrêa Lima, José Antônio Almeida e Silva, Raimundo Marques, Caldas Góis, Carlos Nina, Kleber Moreira e Pedro Leonel Pinto de Carvalho.
A reportagem apurou que além de voltar a advogar, Madeira também pretende dar aulas e estaria avaliando convites para assumir comandos de órgãos e até mesmo virar colunista e comentaristas jurídico em programas de rádio e tv.
Agora, cabe ao colegiado da OAB avaliar se Madeira pode alçar novos voos desde já ou, em caso de potencial conflito de interesses, ou lhe impor quarentena.
Confira o que escreveu o ex-juiz em suas redes sociais:
De volta à trincheira da advocacia; em combate, sempre!
Estive na advocacia em um tempo de denso encantamento. Naqueles dias todos do mundo jurídico de São Luís praticamente se entrecruzavam na Rua do Sol, na Praça João Lisboa, na Rua do Egito e na Avenida Pedro II.
Instalado na sala 513 do lendário Edifício Colonial, na Rua do Sol, ao lado do meu amigo José Venâncio, conheci nomes gigantes da advocacia do Maranhão, tornando-me, pelas mãos generosas do destino, amigo de muitos deles; nomes que hoje ornamentam nossa história: Doroteu Soares Ribeiro, José Oliveira, José Carlos Sousa e Silva, Wady Sauaia, Serra de Aquino, Jamenes Calado, Milson Coutinho, Cacique de New York, Itamar Corrêa Lima, Ricardo Duailibi, Vinicius Berredo Martins, José Antônio Almeida e Silva, Clineu César Coelho, Raimundo Marques, Caldas Góis, Carlos Nina, Kleber Moreira e Pedro Leonel Pinto de Carvalho…
Lembro esses dias sem a dor do passado, pois que o saudosismo não faz parte da minha maneira de ser, mas para lembrar o valor das coisas que, como diz Fernando Pessoa, não está no tempo que elas duram, “mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Deixei a advocacia após três anos, que parecem, sob o meu olhar de agora, uma formidável eternidade, tantas foram as lutas que travei, as pessoas que conheci e as viagens que fiz pelo interior do Maranhão.
Hoje, depois de uma brevíssima passagem pelo território da política partidária – mas isso é tema para outro dia -, retorno à trincheira da advocacia; retorno com os cabelos encanecidos, mas com o mesmo entusiasmo que tinha aos vinte e três anos, quando prestei compromisso em um evento marcante da OAB, sob a presidência do meu mestre Doroteu Ribeiro.
Volto para a advocacia ainda inspirado pelas palavras de Sobral Pinto, um dos mais combativos advogados do País: “a advocacia não é profissão para covardes”.
Volto para a advocacia com o sentimento de que não fugirei da liça, que saberei me manter firme até os meus últimos dias na trincheira, em combate.
Volto para a advocacia com a certeza de que se as coisas não saíram como havia planejado, como bem pregou…