Os três poderes empresariais que atormentam a comunidade do Bairro Fumacê: Vale, Liquigás e Nacional Gás Butano.

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Os três poderes empresariais que atormentam a comunidade do Bairro Fumacê: Vale, Liquigás e Nacional Gás Butano.

O projeto ‘Carajás’, que teve início nos anos 70 -ainda no governo militar para exploração de umas das mais ricas arcas minerais do planeta no Estado do Pará- poderia ter sido um dos melhores empreendimentos do governo federal para as comunidades da área Itaqui Bacanga envolvidas diretamente no projeto, porém como mencionado, “poderia ter sido”. Infelizmente, assim como outros empreendimentos, a nacional Gás Butano e posteriormente a Liquigás se tornaram um tormento para a comunidade do Bairro Fumacê, principalmente para os moradores fundadores do Bairro, onde ali tiveram seus filhos, netos e até bisnetos.

Estes nunca souberam o que é usufruir de um benefício social permanente oferecido pelo conjunto empresarial VALE, LIQUIGÁS E NACIONAL GÁS BUTANO como, por exemplo, escolas, posto de saúde e infra-estrutura. O pior é que quaisquer reclamações, pedem que se procure o governo municipal, como se não tivéssemos conhecimento da responsabilidade de cada empresa e do poder público para com a comunidade. A população do Bairro Fumacê há décadas vem inalando partículas do pó de minério da VALE e gases oriundos das empresas LIQUIGÁS E NACIONAL GÁS BUTANO. É preciso fazer uma colocação, pois são milhares de famílias que residem há mais de 40 anos no Bairro e são dessas famílias que o conjunto empresarial tem que se preocupar. A empresa VALE teve a coragem de se pronunciar sobre os dejetos de minério decorrentes dos seus reservatórios -e que, devido às fortes chuvas, desaguam no córrego que passa ao meio do Bairro Fumacê- afirmando que esses dejetos não conferem responsabilidade da VALE, mas que os mesmos são oriundos de um outro canal desconhecido. Uma maneira e tanto de menosprezar a capacidade de raciocínio dos moradores, que são sim pessoas humildes, mas não tão leigas ao ponto de não entenderem o âmago da situação.

Bem da verdade, o que herdamos desses empreendimentos promissores ao progresso das comunidades envolvidas diretamente foram percas irreparáveis como nossa praia do Boqueirão, nossos rios e toda a nossa fauna. Somos sabedores que junto ao progresso vem as perdas, entretanto sabemos também que é obrigação dos idealizadores do progresso a inclusão dos benefícios sociais para as comunidades que sofrerão esse impacto negativo proveniente da execução e operação de todo o projeto VALE, instalação da Nacional Gás Butano e Liquigás. O que aconteceu tanto com a estatal Vale do Rio Doce como a empresa VALE e outros empreendimentos, foi um total descaso para com todas as comunidades dos Bairros de entorno ao projeto. Realizaram algumas palestras às famílias que iriam causar transtorno na área do projeto, efetivaram indenizações e pronto. O resto da população foi incluída no plano hipnótico através de palestras e “blá blá blá”, e até a associação fundada à pedido da própria VALE, para que pudéssemos adquirir direitos em ações sociais.

No caso do Fumacê, foi criada pelo TERREIRO de umbanda SANTA FÉ, da qual foi denominado o nome de registro da associação; contudo, nunca se registrou nenhuma ação social em parceria com a VALE ´-idealizadora das falsas promessas. A ideia da associação nada  mais foi do que uma forma maliciosa de nos acalentar, porém estamos acordando de um coma profundo para que, mesmo tardiamente, possamos lutar pelos direitos concedidos por lei. Todos esses empreendimentos de entorno ao Bairro são blindados pelos poderes públicos como todo. Tanto a comissão parlamentar da Assembleia Legislativa como a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Luís são omissos diante de toda essa situação. Até hoje não se sabe o porquê, após várias denúncias sobre o impacto ambiental, o empreendimento da empresa RAIZEM nunca foi nem mesmo notificada para esclarecimentos à sociedade civil das comunidades que se beneficiavam da pesca do caranguejo e outras atividades de extração para sobrevivência alimentar do manguezal. As autoridades têm que se pronunciarem e, das comissões parlamentares, cobrarem direitos referentes ao impacto negativo sofridos decorrentes das instalações dos empreendimentos. A omissão dos poderes públicos responsáveis sobre a questão é inadmissível e comprometedora.

 

AGUARDEM, POIS JESUS RETORNARÁ.

E O DEMÔNIO VOLTARÁ PARA A GARRAFA DE ONDE JAMAIS DEVERIA TER SAÍDO.

A FÉ NÃO COSTUMA FALHAR.

SARAVA PAPAI.

 

 

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