Esquema de propina pode revelar conexão com desvio de R$ 7 milhões do Projovem em São Luís

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Um suposto esquema de corrupção, responsável em sangrar o erário público municipal, envolvendo pessoas supostamente ligadas ao prefeito Edvaldo…

Um suposto esquema de corrupção, responsável em sangrar o erário público municipal, envolvendo pessoas supostamente ligadas ao prefeito Edvaldo Holanda Júnior (PDT), pode revelar uma conexão com o escandaloso desvio de R$ 7 milhões do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), em São Luís.

De acordo com fontes ouvidas por Maranhaodeverdade.com na última semana, essa conexão poderá permitir a abertura de processo criminal contra vários atuais e antigos figurões do executivo municipal. Por envolver recursos federais, é provável que o caso seja federalizado, o que poderia complicar ainda mais a situação para os envolvidos.

O Programa Nacional de Inclusão de Jovens surgiu como uma importante iniciativa de transferência de renda, com foco em homens e mulheres entre 15 e 29 anos. A concessão do auxílio de R$ 100, combinado com cursos profissionalizantes, deveria servir como porta de saída para milhares de brasileiros que vivem na linha de pobreza.

O problema, entretanto, é que esses recursos precisam passar pelas prefeituras e ONGs conveniadas e nem sempre chegam ao bolso de quem precisa. Em uma simples pesquisa por amostragem, o TCU encontrou indícios de irregularidades em ao menos 20% dos recursos repassados pelo governo aos municípios.

Os indícios de fraude do programa na capital maranhense vieram à tona em outubro de 2016, quando o deputado Wellington do Curso (PSD) apresentou na Assembleia Legislativa, denúncias documentadas de desvios de pelo menos R$ 7 milhões.

Na época, segundo o parlamentar, para forjar a fraude, via Secretaria Municipal de Educação, ainda na gestão de Geraldo Castro Sobrinho, a gestão Edivaldo Júnior contratou o Instituto de Treinamento, Capacitação e Seleção de Pessoal (ITCSP). No entanto, conforme foi constatado in loco, a empresa simplesmente não existe.

Investigada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN), por supostas irregularidades naquele estado, a Sociedade de Produção Cultural, Administração de Eventos e Serviços Técnicos Especializados – cujo nome de fantasia é Instituto de Treinamento, Capacitação e Seleção de Pessoal (ITCSP), foi contratada em São Luís, por dispensa ilegal de licitação.

Após a revelação, o deputado oposicionista fez o que alguns vereadores da capital não tiveram coragem de fazer: seguiu em frente, e levou a denúncia ao conhecimento da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e Estadual. Três anos depois, o caso vem à tona com a suspeita de que o esquema de propina e fraudes em licitações podem ter ligações com as suspeitas de desvios do Projovem.

FONTE: http://maranhaodeverdade.com/

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