- O ex-vereador Álvaro Pires, que foi relator da CPI do Transporte de São Luís apontou a direção que deveria ser tomada para melhorias da situação do transporte coletivo da Capital, no Relatório Final, que foi encaminhado à prefeitura de São Luís, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. No Relatório continha a peça-chave necessárias para as transformações da mobilidade em São Luís.

Em meio a quinta paralisação consecutiva, em menos de cinco anos no Sistema de Transporte Público, ele se manifestou.
Relatório entregue pelo então parlamentar seria crucial para embasar mudanças, como a implantação das faixas exclusivas, que agilizam viagens de ônibus e beneficiariam milhares de usuários diariamente.
SÃO LUÍS – O cenário do transporte coletivo em São Luís, historicamente marcado por desafios como lentidão, superlotação e insatisfação dos usuários, começa a dar os primeiros sinais de uma transformação significativa. No centro dessa mudança está o vereador Álvaro Pires (PSD), cujo trabalho à frente da relatoria da CPI do Transporte Coletivo tem sido instrumental para apontar falhas, responsabilizar os envolvidos e, principalmente, propor e viabilizar melhorias concretas para a população.
A CPI, instaurada para investigar supostas irregularidades no sistema de transporte da capital, ganhou contornos práticos sob a relatoria de Pires. Seu relatório, minucioso e baseado em meses de audiências públicas, diligências e análise de documentos, não se limitou a apontar problemas. Ele se tornou um plano de ação, com diretrizes claras que começaram a sair do papel, sendo a mais visível delas a implantação das Faixas Exclusivas para Ônibus.
“O nosso objetivo sempre foi ir além da investigação. A CPI nasceu do anseio popular por um transporte digno. Nosso relatório foi construído como uma ferramenta para mudar a realidade, indicando caminhos técnicos e viáveis. As faixas exclusivas são a materialização desse esforço, uma medida que tira os ônibus do congestionamento e devolve o tempo à população que depende do transporte público”, afirmou o vereador.
Das Páginas do Relatório para as Ruas da Cidade
A contribuição de Álvaro Pires pode ser medida em resultados tangíveis. Antes mesmo do encerramento formal da CPI, suas recomendações ganharam força junto ao poder executivo municipal. A implantação das faixas exclusivas em corredores estratégicos, como nas avenidas Guajajaras, Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche e dos Franceses, deixariam um legado direto do trabalho da comissão parlamentar de inquérito. A medida, garantiria uma fluidez e pontualidade aos ônibus, impactando positivamente a vida de milhares de ludovicenses. Estima-se que o tempo de viagem nos trechos com faixa exclusiva tenha caído em até 40%, um ganho de qualidade de vida inestimável para trabalhadores, estudantes e usuários em geral.
Um Legado que Vai Além do Asfalto
As contribuições do relator, no entanto, não se restringem ao concreto. Álvaro Pires destacou a importância de a CPI ter colocado a mobilidade urbana no centro do debate público.
“Colocamos o dedo na ferida. Discutimos a qualidade dos ônibus, a formação dos motoristas, a tarifa, a integração modal e a necessidade de um planejamento urbano que priorize quem se desloca de ônibus, a pé ou de bicicleta. Abrimos uma caixa-preta e mostramos que transporte é um direito fundamental”, avalia o parlamentar.
Trouxemos diversos especialistas, ouvimos a população e todas as melhorias que deveriam ser observadas pelo Poder Público estão no Relatório, inclusive, propusemos lá atrás, a necessidade de uma Atualização da atual Licitação do Transporte Coletivo, destaca Pires.
Especialistas em trânsito e mobilidade enxergam o trabalho do ex-vereador como um divisor de águas. “A CPI do Transporte, com o relatório do vereador Álvaro Pires, trouxe transparência e embasamento técnico para um setor antes opaco. As faixas exclusivas seriam um primeiro passo, mas um passo fundamental, que sinaliza uma mudança de cultura na gestão do trânsito, priorizando o transporte coletivo sobre o individual”, analisou a época, um dos técnicos participantes.
As contribuições de Álvaro Pires na CPI do Transporte Coletivo consolida-se, portanto, na publicação do relatório, na qual consta mais de duas dezenas de objetivos que deveriam ter sido aproveitado pela Prefeitura de São Luís – mas absolutamente, tudo foi rejeitado, a ideia era reposicionar a discussão sobre mobilidade urbana como uma pauta permanente para o desenvolvimento e a justiça social em São Luís.
“Espero até hoje que as inúmeras propostas e encaminhamentos entregues à Prefeitura de São Luís, sejam implantadas para garantir uma nova política pública de Mobilidade Urbana para a nossa São Luís”, pontuou o ex-relator.
Ainda segundo Álvaro Pires, o descarte do Relatório, a não observância aos objetivos e as contribuições elencadas no Relatório, evidenciou o desastre e o fracasso na gestão do Sistema de Transporte Público Coletivo da Capital.








