Por Itamargarethe Corrêa Lima
Jornalista-radialista-advogada, pós-graduada em direito tributário, penal e processo penal, pós graduanda em direito civil, processo civil e docência do ensino superior.
Hoje, no nosso 15º encontro, iremos falar da depressão não como uma enfermidade, mas como a necessidade do ser, enfatizando que o sofrimento figura como um chamado ao arrependimento, reforma e reparo. E o que isso quer dizer: a dor que dilacera a alma, muitas vezes ignorada ou estigmatizada, pode se revelar não como um mal em si, porém um espelho de verdades espirituais mais profundas.
Por isso quando falamos que “o inferno é o céu sob o prisma da depressão”, enuncia-se, de forma simbólica e filosófica, que o sofrimento no depressivo pode representar não um castigo e, sim, um chamado à revisão de valores, à reconexão com a essência e à percepção da justiça divina em ação.
Já sob a ótica da espiritualidade e da justiça superior, a depressão não é apenas uma enfermidade clínica ou um desequilíbrio bioquímico. Para além dos diagnósticos formais, ela pode expressar uma necessidade íntima do ser — um sinal de que a alma está em conflito com a vida que leva ou com as escolhas que fez, afastando-se de sua verdade mais profunda.
Essa experiência, por mais angustiante que seja, não é necessariamente punitiva. Ao contrário, ela pode estar inserida num processo de justiça divina: um mecanismo pelo qual a alma é convidada a parar, silenciar o barulho do mundo e escutar o clamor do próprio espírito.
Fazendo com que a dor, nesse contexto, seja pedagógica. É o alarme da consciência diante de atitudes não condizentes com o bem, com a verdade ou com o propósito existencial da pessoa, ou seja, o sofrimento assume uma função redentora, clamando pelo arrependimento, não no sentido moralista ou acusatório, mas como retorno ao caminho da autenticidade.
É uma convocação à reforma íntima, ao perdão, à reconciliação com a própria história, com os outros e com Deus. Nesse processo, a dor deixa de ser um inferno desprovido de sentido e passa a ser uma estrada árdua, porém iluminada, que pode conduzir ao céu interior.
Falar da depressão sem reduzi-la a um simples diagnóstico é reconhecer que, muitas vezes, o ser humano mergulha em suas trevas mais densas não para ser punido, contudo para ser transformado. Copiou??? Essa semana ficamos por aqui. Até breve!!!