Não foi falta de aviso. Desde o processo de instalação para garantir a permanência de algumas empresas entre o porto da Vale, itaqui e Alumar, que o blog vem denunciando os riscos iminentes dos impactos socioambientais que essas empresas proporcionariam ao meio ambiente devido à falta de fiscalização ininterrupta nas instalações e operações de algumas dessas empresas. Tudo indica que algumas empresas que se instalaram em manguezais ou próximas da orla marítima de São Luís entre a Área Itaqui Bacanga até o estreito dos mosquitos, direcionam seus dejetos em nosso meio Ambiente sem qualquer fiscalização de profissionais competentes e com noção sobre impacto socioambiental.
Para piorar ainda temos outro ponto poluente que não deve ser descartado em hipótese nenhuma: a frota de navios fundeados diariamente na Bahia de São Marcos que nem sabemos qual tipo de dejetos descartam em nossa orla marítima, pois nenhum relatório da marinha sobre a questão é divulgado à população ou a imprensa local.
A empresa Raizem denunciada aqui pelo blog inúmeras vezes simplesmente tomou conta de uma parte do manguezal entre o porto do Itaqui e o Bairro Mãe Chica. Se perguntarmos a um vereador ou deputado qual o risco que essa obra da Raizem representa ao nosso meio ambiente, acredito que não teremos respostas pois até onde sabemos nenhuma discursão sobre a questão foi debatida entre os dois poderes na gestão anterior de ambas. Se o Governo não tomar providências preventivas com urgência para combater esse tipo de crime, a Bahia de São Marcos deve nos próximos dez anos sofrer um dos maiores impactos socioambientais da história do Maranhão. Se algumas empresas em operação; outras que estão em processo de instalação e alguns navios fundeados diariamente não forem fiscalizados pelos órgãos responsáveis com eficiência, obviamente contribuirão para que esse desastre ambiental se formalize nesse espaço de tempo em nossa orla marítima.
Sabemos que o progresso tem que continuar mas os impactos ambientais que o progresso proporciona tem que ser minimizado de todas as formas possíveis. Já perdemos parte dos nossos manguezais e agora centenas de peixes mortos por substância fedorenta e desconhecida aparecem boiando na Bahia de São Marcos entre o porto do Itaqui e Alumar. Não podemos permitir que esses fatores passem despercebidos.
Iniciativas como a fiscalização enérgica e eficaz do governo têm que serem tomadas para inibir os responsáveis de continuarem a cometer esse tipo de crime. Vereadores e deputados e autoridades competentes têm que se manifestarem com urgência para descobrirem início, meio e fim dessa substância fedorenta, tóxica e desconhecida jogada na Bahia de São Marcos provocando a morte de milhares de peixes causando dor e fome para centenas de famílias moradoras dos Bairros como Cajueiro, Vila Maranhão, Porto Grande, Coqueiro e adjacências que tiram seu sustento da pesca nessa localidade e estão aterrorizados sem saber o que fazer.