Entenda a grande importância do município de Alcântara na rota da corrida espacial.
O município de Alcântara, cidade da baixada maranhense, há anos vem sendo notícia nos principais meios de comunicação mundial. O município localizado a dois graus na linha do equador, foi escolhido para comportar a nossa base de lançamento de foguetes aeroespacial em 1983 ainda no governo de João Figueiredo. Naquele ano foi criado o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e na ocasião, o Brasil dava início no comércio da corrida aeroespacial.
De acordo com o projeto, teríamos até o ano dois mil, dominado boa parte desse comércio em lançamento de satélites. Bem da verdade, até o ano de 2000, o governo federal já tinha articulado boa parte desses contratos com países entrelaçados nessa questão. A grande vantagem da base de Alcântara são os custos menores com combustível. Estima-se que 28% a 30%. Fatores climáticos e outras questões são propícias para o lançamento dos foguetes, o que faz a base se Alcântara ser uma das mais importantes do planeta. Porém vem a grande questão desse provável sucesso comercial da base de Alcântara: o decréscimo contratual e perca de trilhões de dólares dos europeus que até então tinham total controle sobre o comércio aeroespacial. O governo federal, visando prestar serviços com tecnologia de ponta, criou o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) e o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), esse responsável em formar profissionais capacitados na área da corrida espacial e outros seguimentos de apoio ao projeto.
Acreditava-se que até o ano de 2020, a base de Alcântara estaria a todo vapor, mas infelizmente como já registramos em inúmeras matérias do blog, o sonho acabou em 2003 quando inexplicavelmente, em um teste de lançamento do VLS1, houve uma explosão destruindo toda a base e matando 21 grandes profissionais da área técnica. O que o governo da época (PT) e seus sucessores até então acreditam é que a causa da explosão foi um pane na peça que acionava os motores. Dados fornecidos por peritos contratados para a averiguação do caso, contudo, não souberam explicar o porquê de toda a equipe técnica estar em uma linha de frente muito aproximada de um lançamento de teste, pois todo o comando sabia do grande risco já que era um teste, e o fator teste à princípio tem dois denominadores comuns: o sucesso e o insucesso. Esse último vem com vários objetivos negativos e um deles, em se tratando de um equipamento de alta combustão, é a explosão. Essa displicência profissional como todo nos custou a perca desses 21 profissionais e atrasou assustadoramente o sucesso do projeto, já que eram profissionais de ponta e até aquela ocasião, insubstituíveis.
Bem da verdade, desde o ano 2000 que os Estados Unidos e Brasil vinham tentando uma parceria, fato que não ocorreu por ter sido considerado imoral para o país como todo, pois os critérios contratuais davam plenos poderes de comando aos Estados Unidos. Bem amigos, hoje é mais do que notório que foi uma sabotagem, pois as condições contratuais não mudaram em quase nada e os Estados Unidos conseguiram seu objetivo: vai mandar e desmandar em uma das maiores bases do planeta, contudo tirem suas conclusões. Já é oficial que os Estados Unidos terão plenos poderes em nossa base de lançamento de Alcântara e, infelizmente, nesse projeto permaneceremos apenas como coadjuvantes, além de ficarmos sob as ordens dos E.U.A em nossa própria base. Todo e qualquer lançamento que fizermos em contratos alternativos, o produto tem que ter tecnologia americana, então após a explosão adquirida sabe-se lá por quem, o que nos restou foi entulhos, os royalties e a preocupação de ter que preparar o salão para os americanos dançarem.
Logo após explosão da nossa base de lançamento espacial no município de Alcântara, o Blog vem publicando inúmeras matérias sobre esse desastre que deixou o país em luto e sempre questionamos sobre o fator acidente e hoje não precisamos desenhar o verdadeiro motivo dessa tragédia. Claro, a polêmica continuará existindo até que tenhamos explicações precisas das autoridades competentes sobre a presença de todo o corpo técnico na linha de frente próxima da explosão.
O grande lance de todo esse acordo entre Brasil e Estados Unidos é como fica o Estado do Maranhão nessa história. Devemos lembrar que só após cinco décadas foi concedido através de lei, os royalties da mineração para alguns municípios maranhenses. Foram cinco décadas que a companhia Vale do Rio Doce e Vale deitaram e rolaram dentro do Estado do Maranhão. Acredito que a nossa bancada não olhou para o próprio umbigo e sim para toda a população maranhense.