Apesar de orquestração e fogo amigo, secretária de Saúde trabalha para evitar colapso do sistema por falta de insumos básicos
A falta de materiais básicos como luvas cirúrgicas virou um dos maiores gargalos em todo o Sistema de Saúde de São Luís, e pode ser o principal fator responsável por um iminente colapso. Para termos ideia da dimensão do problema, o desabastecimento da rede de um item básico, como luva, pode parar o atendimento dos Socorrões I e II que, mensalmente, realizam mais de 1.600 intervenções cirúrgicas.
Para enfrentar o problema, a secretária de Saúde Natália Mandarino firmou contrato com a empresa NR Comercial e Serviços Eireli para compra de luvas cirúrgicas, pagando 08 vezes mais barato que o ex-secretário Lula Fylho na aquisição de máscaras para o combate da covid-19. Mas além de focar no combate à doença que já matou milhares de pessoas na cidade, segundo informações que corre nos bastidores do Palácio de La Ravardiere e Semus, Mandarino estaria precisando enfrentar a orquestração de pessoas ligadas ao antecessor e o fogo amigo de alguns auxiliares do prefeito Edivaldo que atuam na Comunicação e na Controladoria.
Essa semana, por exemplo, ela foi alvo de uma fake News que saiu de dentro da própria pasta, que teria sido vazada a Lula Fylho, que por sua vez se encarregou de encaminhar para a personagem com nome de ‘santa’ finalizar o serviço. A ‘informação’ desinformada, divulgada em blogs ligados a própria sede do Executivo Municipal, levantou suspeitas de superfaturamento no valor contratual, quando na verdade os próprios documentos usados na matéria se encarregaram de desmentir a denúncia.
O contrato orçado em pouco mais de R$ 4 milhões mostra preços unitários dos itens variando entre R$ 0,39 a R$ 1,98. No entanto, com o simples propósito de macular a imagem da secretária, que vem fazendo um excelente trabalho à desde que assumiu o cargo, na fack News, algumas importantes informações foram omitidas, tais como, o pedido de realinhamento de preço feito pela empresa para 0,89 centavos, por conta do desabastecimento do mercado nacional, e que o parecer da Procuradoria da pasta foi pelo indeferimento.
Outras duas importantes informações que também foram “esquecidas” dizem respeito ao pedido de estorno do empenho de nº 1484/2020, referente ao processo de nº 35496/2020 da NR Comercial e Serviços Eireli, no montante de mais de R$ 3 milhões de reais e, ainda, o valor devido de apenas R$ 987.900 mil reais das luvas que foram fornecidas, mas que não foi pago nenhum centavo exatamente por conta da não homologação do contrato pela CGM, que vem trabalhando a passos de “tartaruga”.
O engraçado é que nos inúmeros contratos assinados por Lula Fylho, entre eles a proposta contratual assinada para aquisição de máscaras triplas ao preço unitário de R$ 3,50 e na compra de insumo médico ao preço unitário de R$ 9,90, o órgão controlador interno deferiu a proposta que acabou sendo alvo da operação Cobiça Fatal.