No mais recente Relatório Global do UNODC sobre drogas, consta que cerca de 250 milhões de pessoas usavam drogas em 2015 no mundo. Desse total, cerca de 29,5 milhões — ou 0,6% da população adulta global — usavam drogas de forma problemática e apresentam transtornos relacionados ao consumo, incluindo a dependência. Diante desses números alarmantes, aproveito para esclarecer minha opinião pública e privada a cerca de tal problema e ressaltar que acredito no ser humano, ainda acredito no Poder Público, do qual faço parte, e é por acreditar em ambos que considero papel que todo e qualquer gestor público envolver-se de modo consciente no combate as drogas. Afinal, se governar é cuidar do seu povo, a questão das drogas, sendo um problema de saúde pública, torna dever de todo e qualquer gestor propor ações mobilizar apoios e atuar de forma integrada nessa luta.
Infelizmente ainda hoje alguns perfeitos(as) tratam a dependência química como um problema pessoal e não social. Eu enxergo tal questão sobretudo como social e acho que não apenas os governos federal e estadual devem estar envolvidos nessa causa, mas também as prefeituras, que pelo alcance e proximidade com a população podem tornar mais eficaz e possível a prevenção e combate as drogas e a recuperação e ressocialização dos dependentes químicos, tornando mais acessível que informações, projetos e assistências cheguem em cada povoado, em cada casa, em cada escola, em cada rua, em cada família, ofertando o direito básico de cada cidadão de ter consciência do mau que a droga faz.
Claro que para adotar medidas de enfrentamento que sejam consistentes com os direitos humanos e que promovam igualdade, paz, segurança e desenvolvimento sustentável é necessário que cada integrante do poder e órgão público estejam cientes das discussões em torno das leis que tratam do tráfico e da dependência de drogas, Tornando-os aptos a desenvolver situações e estabelecer estratégias e ações a fim de prevenir e solucionar os problemas relacionados ao consumo.
Algumas ações que podem e devem estar presentes nas soluções proposta pelas prefeituras são: Promover a conscientização sobre os malefícios das drogas, disponibilizar materiais educativos sobre os tipos de drogas, seus efeitos e riscos, informações direcionadas para adolescentes, pais e professores, seminários sobre os transtornos psiquiátricos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, sensibilizar e informar os profissionais e familiares quanto ao uso abusivo do álcool e de outras drogas, ensinar técnicas e formas de como identificar, prevenir e tratar o dependente químico de forma simples e objetiva.
É necessário compreender que as drogas afetam não apenas os dependentes químicos e suas famílias, mas a sociedade de um modo geral, elas destroem e acabam com vidas, incitam a violência e interferem no andamento social. É necessário compreender que diferente do que muitos pensam a dependência química é uma doença e é dever publico preveni-la e trata-la, e por acreditar no ser humano, por ainda acreditar no Poder Público do qual faço parte, que faço um apelo aos meus colegas de profissão, ENVOLVAM-SE NO COMBATE AS DROGAS.
Atenciosamente, Tatiane Maia de Oliveira.